sábado, 26 de janeiro de 2008

Ainda as Fogaceiras

Ainda as Fogaceiras


Ainda as Fogaceiras

A cidade de Santa Maria da Feira encheu-se
de pessoas para tradicional festa
das Fogaceiras


No passado dia 20, o centra histórico de Santa Maria da Feira encheu-se para ver as Fogaceiras passarem. Centenas de meninas vestidas de branco, com uma fogaça à cabeça (fogaceiras), desfilaram pelas ruas da cidade cio homenagem a 5. Sebastião, o padroeiro do concelho

Este a no, devido às obras de recuperação da igreja matriz, o percurso da procissão foi alterado, levando as fogaceiras até ao castelo, local onde, até extinção do condado da Feira, se celebrava a festividade.

Contudo, esta alteração não será para continuar Amadeu Albergaria, vereador do município, explicou que o facto das celebrações das Fogaceiras passarem pelo castelo são “um regresso às origens”, voltará à Igreja matriz, situada no Convento dos Lóios. Em obras de requalificação encontra-se também o Rossio pelo que o Centro histórico da cidade apresentou-se este ano bastante descaracterizado.


De manhã a procissão foi mais curta. Após a guarda de honra em frente aos Paços do Concelho as Fogaceiras seguiram até ao castelo para a missa em vez de ficarem pela Igreja dos Lóios como é habitual. A celebrar a Eucaristia esteve presente D. Manuel Clemente Bispo do Porto, perante uma praça de armas do castelo da Feira cheia de individualidades do Município, fogaceiras e população, que quis assistir à celebração. Pela tarde, o cenário ficou mais composto, com milhares de pessoas a posicionarem-se ao longo do percurso da procissão para verem todo o extenso cortejo.

Segundo Amadeu Albergaria, estima-se que cerca de 1000 pessoas tenham participado nesta última procissão, uma vez que, ao contrário do que acontece com a da manhã, a acompanhar as cerca de 300 fogaceiras iam também as associações do concelho, assim como personalidades políticas e religiosas.

Para esta edição, a autarquia disponibilizou um orçamento de 60 mil euros, “à semelhança dos outros anos”, como nos informou Amadeu Albergaria.
No âmbito da Festa das Fogaceiras a autarquia feirense promove várias iniciativas culturais.

Apelo ao Diálogo Intercultural

Aproveitando o facto de o Ano 2008 ser o ano Europeu do Diálogo Intercultural o cartaz promocional da Festa das Fogaceiras apresentou meninas de várias culturas. A ideia surgiu devida pelo fenómeno da imigração, explicou ao EDV Amadeu Albergaria. Através de uma selecção feita nas escalas do ensino básico do concelho, escolheram-se meninas que, “de alguma forma, reflectissem a multicultural idade presente no município”. Para Amadeu Albergaria, esta foi uma “forma simbólica” de se associarem “ao Ano Europeu do Diálogo Intercultural”, passando uma mensagem positiva sobre o convívio entre diferentes culturas.

A fogaça é o doce, por excelência, de Santa Maria da Feira.

Todos os anos, o feriado municipal do concelho traz à cidade a procissão da Festa das Sebastião.

A cidade de Santa Maria da Feira encheu-se de pessoas para tradicional festa das Fogaceiras, já que estas, todos os anos, atraem milhares de visitantes.

Um desfile de confrades, uma missa rezada por D. Manuel Clemente e o desfile das Fogaças transportadas por crianças foram pontos altos das festividades.

Na conversa que o ENTRE DOURO E VOUGA encetou com o vereador, este informou que a celebração do feriado municipal “tem um programa que percorre boa parte deste mês”. As actividades começaram logo no dia sete, com a II Mostra de Fogaça da Feira. Seguiu-se o Café Concerto dedicado á Imigração Feirense no Mundo.

Carlos Carmo também. Enriqueceu o programa com um concerto no Europarque no dia 19No mesmo dia abriu ao público a mostra de arte conceptual “Pianofortissimo” que está presente até ao dia 30 de Março no Museu do Convento dos Lóios. Pedro Khima também dará um concerto no Cine Teatro António Lamoso amanhã. Sábado é a vez do Coral da Justiça do Porto mostrar a sua arte até finalizar a programação no Domingo há o Concerto da Banda Sinfónica de Jovens de Santa Maria da Feira.
Apelo ao Diálogo Intercultura

( Extracto do Primeiro de Janeiro)